quarta-feira, 22 de setembro de 2010

mas deixa eu ser o teu neném
por uns momentos deita minha cabeça no teu colo
me afaga os cabelos
e nunca mais me diz
"i have to go...
i'm very busy, babe..."
e nunca mais me diz
meia verdade branca
e nunca mais deixa nascer em mim
essa dor
que a tua falta me traz
apenas me bote no colo
afague meus cabelos
até eu pegar no sono
até eu adormecer
feito um neném
despreocupa meu pensamento
e me faz dormir ao teu lado
um sono inocentinho
de criança.

Um beijo em seu retrato

daqui de onde estou
resta a saudade
resta a recordação dos seus lábios macios
do seu abraço morno
da minha febre
que você mantém acesa, meu bem...
mas um adeus
(fatal adeus)
você me deu pelo telefone
um adeus naquela sua voz mansa
e ao mesmo tempo agitada
e esses versos desencontrados
sem rima, sem ritmo
vem chorar por mim
lágrimas de tinta-sangue
e não se pode dizer mais nada
e guardo seu retrato
pra uma outra ocasião.