quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Voando para a imensidão do mundo

Acompanho com o olhar o voo daquele passarinho azul. Tudo naquele voar é promessa de libertação, babe. Tudo naquele voar me leva pra mais perto do cosmo e sua perfeita imensidão. Agora sei que posso ser mais, muito mais. Agora trago no peito um coração onde cabe o amor pela humanidade. Um amor resignado e paciente. Um amor persistente por tudo que se move no espaço. Todas as estrelas brilham no meu peito agora, babe. Compreenda: não estou me despedindo. Apenas estou com minha bagagem quase pronta pro momento da partida. Em mim arde uma chama de conversão. O meu peito traz a chama de conversão. Me converti ao Amor eterno e universal. Não me importo se isso me doer. E dói mesmo estar assim. Dói um tantinho. Mas agora sei que sou gigante e também atômica. Caibo em qualquer cantinho onde você me queira guardar. Mas me deixe partir quando chegar a hora do meu voo. Não me prenda na gaiola do apego, babe. Não me chore nem lamente o dia da minha partida. Porque na verdade eu não vou sair de você, se você não quiser. Meu voo vai se juntar ao voo de outros pássaros migratórios. Vou voar para a infinita morada. Todos vamos. Lá não cabe o desespero, nem o choro. E a vela é obsoleta lembrança dos tempos de escuridão para quem habita na Luz.

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